Seja bem vindo ao Pratique Natureza!!!!!!!

Esse blog foi feito para quem esta interessado a mudar de vida, e ter uma vida saudavél e sustentavél, venha vizuali-ze curte e aproveite todo o conhecimineto e tenha uma vida boa!!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Sem royalties do petróleo, mas com uma costa grande, São Francisco terá treinamento para casos de derramamento de óleo


Shell convida comunidade de Barra do Itabapoana para reunião nesta sexta-feira, 04-04, para esclarecer sobre Exercício Simulado na Foz do Rio Itabapoana

Caso ocorra um desastre ambiental na Bacia de Campos com derramamento de óleo no mar, o Blog pergunta: proporcionalmente falando, em qual município as consequências seriam piores? Seria o que tem a maior extensão de litoral? Pois é, São Francisco de Itabapoana, o primo pobre da região, com aproximadamente 60 quilômetros de litoral, mas sem as vultuosas quantias de royalties do petróleo como produtor, também passa por treinamentos e simulações de derramamento de óleo no mar.

O Blog recebeu um comunicado da Shell sobre um simulado que acontecerá no município de São Francisco, na Foz do Rio Itabapoana, em Barra do Itabapoana, dia 11 de abril. E para preparar a população local para a simulação, acontecerá nesta sexta, 04/04, às 16h, uma reunião na Associação de Moradores de Barra de Itabapoana, para esclarecimentos sobre o Exercício Simulado da Shell. 
Com relação à falta de royalties do petróleo como município produtor, devido às famigeradas linhas ortogonais, a injustiça com São Francisco de Itabapoana é gritante quando os valores repassados às prefeituras da região são comparados. Segundo dados do site Info Royalties da Universidade Cândido Mendes, que utiliza os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o município de São Francisco de Itabapoana recebeu, em 2014, R$ 2,2 milhões de royalties, enquanto Campos dos Goytacazes recebeu R$ 168 milhões, São João da Barra R$ 32,6 milhões e Presidente Kennedy R$ 34 milhões. Isso apenas nos três primeiros meses de 2014.

Clique na imagem para ampliá-la

Confira abaixo o comunicado da Shell sobre o Exercício Simulado que a empresa fará em Barra do Itabapoana.

SHELL REALIZARÁ REUNIÃO COM A COMUNIDADE DE BARRA DO ITABAPOANA PARA ESCLARECIMENTOS SOBRE EXERCÍCIO SIMULADO OPERACIONAL

Nesta sexta, 04/04, às 16h, será realizada uma reunião, na Associação de Moradores de Barra de Itabapoana, para esclarecimentos à população sobre o Exercício Simulado da Shell.

O evento, que acontecerá dia 11 de abril, na foz do rio Itabapoana, demonstrará práticas em situações de derramamento de óleo e tem o objetivo de testar a estratégia de proteção a uma área sensível, utilizando técnicas de limpeza e proteção da costa, além de verificar se os equipamentos são suficientes e se as pessoas estão devidamente treinadas.

O encontro será uma oportunidade da comunidade tirar suas dúvidas e conhecer mais sobre o assunto.

Para os que não conseguirem estar presente na reunião ou ainda desejarem mais informações, podem entrar em contato com o Fale Shell, pelo 0800 727 5270 e/ou pelo e-mail fale@shell.com.

Fotos: treinamento ocorrido em 2011 em Atafona.

Rio e Espírito Santo avaliam redefinição de limites do Rio Itabapoana

Curso do rio foi alterado por meio de retificações artificiais do seu leito natural
 Reprodução / Divulgação Ascom

Curso do rio foi alterado por meio de retificações artificiais do seu leito natural

Membros do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) reuniram-se para avaliar a aplicabilidade das ações de redefinição dos limites intermunicipais e interestaduais do Rio Itabapoana, localizado na divisa do Estado do Espírito Santo com o Rio de Janeiro. 
O curso do Rio Itabapoana foi alterado por meio de retificações artificiais do seu leito natural, que acarretou na modificação na linha divisória entre os estados, no perímetro entre a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) - também conhecida como Pedra do Garrafão - até a foz do Rio Itabapoana, no Oceano Atlântico. As alterações foram observadas, em um primeiro momento, em reuniões de gabinete a partir de análises de insumos cartográficos, e, posteriormente, confirmadas pelas equipes técnicas dos órgãos envolvidos.
Na reunião ficou acordado que o Idaf, a Ceperj e o IBGE emitirão um laudo técnico em conjunto, para submissão aos dois estados, e para uma futura validação perante a Advocacia Geral da União, órgão responsável pelo exercício da advocacia pública na esfera federal. Esta iniciativa entre órgãos federativos distintos revela uma perspectiva de cooperação institucional, que, em última análise, objetiva o desenvolvimento integrado do território brasileiro.
“As ‘divisas’ que estas instituições têm e terão em mãos, se adequadamente aplicadas, farão de verdade uma nova divisa ES/RJ, ali no baixo Rio Itabapoana, com maior preservação ambiental, atenção social e desenvolvimento econômico, tudo isso absolutamente sustentável. Mas, além de dividir, o momento é buscar onde se pode somar ao futuro do Rio Itabapoana”, disse o pescador esportivo do Rio Itabapoana, José Armando Barreto.
De acordo com ele, assim como todas as retificações em Rios da Região, como Imbé, Macabú, São João, Macaé e até os Canais da baixada e das Flechas, a intenção de aumentar a porção de terras agricultáveis é para fins pecuários, um benefício às propriedades em suas margens. Ainda segundo ele, uma utilização mais adequada das “divisas”, poderia ser a devolução do rio ao antigo traçado, uma reparação ambiental histórica e que teria atenção e aprovação e investimentos vindos de todo o planeta.
“A retificação do Itabapoana foi executada (trecho final) entre a ponte da divisa e a Foz na localidade de Barra do Itabapoana, no município de São Francisco de Itabapoana. Na época não havia conhecimento e o entendimento de que esta ação levaria a um dano ambiental muitas vezes irreparável. A divisa entre ES e RJ, fica em uma área baixa, quase sem assentamentos urbanos, e tem este trecho constantemente alagado. Uma nova delimitação da divisa seria de pouca ou nenhuma necessidade, pois não haveria benefícios a Agricultura Familiar, pescadores, nem mesmo as populações ribeirinhas ou aos proprietários do baixo Itabapoana”, explicou o pescador que complementou:
“Barra de Itabapoana sofre anualmente com enchente e alagamentos, possivelmente por conta do grande fluxo das águas em períodos de cheias, agravados a cada ano pela redução da calha do Rio Itabapoana e assoreamento, além do que, Barra de Itabapoana tem captação e tratamento zero de esgoto sanitário”, denunciou.
A Bacia Hidrográfica do Rio Itabapoana é formada por 18 municípios numa área de divisa, que abrange os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.